O olhar é de fogo
e o desejo queima.
As horas ardem
e me consomem.
Carnes devassas
vão e vêm,
açougues ambulantes
em acordos ecumênicos,
que não salvam.
Atiraram na bruxa,
acertaram a fada.
Em ritos sumários,
balas açucaradas
saem dos revólveres
com CEP e endereço:
“Humanos”.
Cinqüenta bilhões de micróbios
consomem-te,
devoram-me,
fazem bacanais no teu jardim,
assistem TV no meu sofá.
Não, não vou para casa,
que ninguém me espere.
Por favor, em pé,
na esquina,
deixa a vida escorrer.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
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